sábado, 31 de janeiro de 2015
Chevrolet sofre para equilibrar custo e qualidade em sucessor do Celta
Futuro compacto de entrada será global, mas feito no Brasil.
Para cúpula da GM, brasileiro ficou mais exigente com qualidade.
Confirmado desde o começo do ano pelo presidente global, o futuro sucessor do Chevrolet Celta tem poucos detalhes revelados até agora. Por quê? De acordo com a cúpula da General Motors, a equação entre custo e qualidade ainda não foi resolvida.
“Ainda não achamos a fórmula certa para ter tamanho design, conforto e custo”, afirmou Santiago Chamorro, presidente da GM do Brasil, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, repetindo um discurso adotado há pelo menos 8 meses.
A mudança no nível de exigência para eficiência de combustível e segurança, tanto por parte dos governos, como por parte dos consumidores, é um dos motivos que desaceleram o desenvolvimento, segundo o presidente global da GM, Dan Ammann, que também esteve no salão. Mas duas coisas são certas: ele será global e feito no Brasil.
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“Vemos uma oportunidade no mundo inteiro para modelos de baixo custo. A maneira como nós e outras marcas servíamos estes mercados emergentes era com carros antigos, mas os marcos regulatórios de eficiência e segurança mudaram este cenário. Nossa resposta será global”, afirmou.
Em março deste ano, o chefe da fabricante já havia afirmado que o novo modelo deve custar abaixo de R$ 30 mil. “Não vemos um cenário que um carro como este não seja produzido no Brasil. Se este carro global for lançado, o Brasil será um dos países a produzir”, completou Jaime Ardila, presidente para a América Latina.
A GM investirá no Brasil R$ 6,5 bilhões nos próximos cinco anos, valor que deve contemplar já o novo compacto. “Estamos operando em um ambiente econômico difícil aqui, mas acreditamos no potencial de crescimento do Brasil e da América Latina no longo prazo e por isto estamos fazendo investimentos tão grandes”, apontou Ammann.
Bom, bonito e barato
Segundo carro mais vendido no Brasil em outubro com 13.590 unidades, atrás apenas do Fiat Palio (16,6 mil), o Chevrolet Onix é um exemplo a ser mirado pela marca, mas o problema é acrescentar o último termo da expressão “bom, bonito e barato”.
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“Não temos certeza que ficar menor em tamanho é melhor ou que design não é importante, pelo contrário, é um dos pontos mais fundamentais na decisão de compra agora. Não temos certeza que baixar o custo, a ponto de usar materiais que não apontem boa qualidade, é uma solução para o brasileiro”, disse Chamorro.
“Estamos tendo o cuidado de fazer o balanço de entregar a economia de combustível que o consumidor quer, mas também com um custo que faz sentido para ele. Este é o maior desafio. É fácil fazer um carro extremamente eficiente que também é caro, o difícil é fazer um que também se enquadre nas exigências de custo do consumidor”, completou Ammann.
Europa
As subsidiárias europeias da GM (Opel e Vauxhall) parecem ter se adiantado e anunciaram em setembro um novo carro de entrada, que se chamará Viva no Reino Unido e Karl no restante da Europa. Com vendas previstas para a metade de 2015, o modelo deve ser apresentado no Salão de Genebra, em março.
O que se sabe até agora é que a novidade terá quatro portas e 3,68 metros de comprimento - levemente maior que Volkswagen Up! (3,60 m) e menor que o Fiat Novo Uno (3,81 m) – e se situará abaixo do Adam e do Corsa, que por lá chegou à 5ª geração neste ano. Segundo Amman, o retorno do Corsa ao Brasil está totalmente descartado, por enquanto.
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