
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Primeiras impressões: Subaru Forester XT Turbo
Mecânica mais que eficiente contrasta com visual quase ‘retrô’ no SUV.
Por R$ 134.900, utilitário japonês entrega espaço e esportividade.
Design
Embora tenha avançado nesta geração, com grade, faróis, para-choque e traseira redesenhados, o Forester ainda manteve aparência “quadrada” na frente, aparentemente desbalanceada com a traseira, longe da fluidez de linhas que caiu no gosto do consumidor no mundo inteiro. Nesta versão, destacam-se as rodas de alumínio de 18 polegadas com desenho bastante interessante.
Subaru Forester XT (Foto: Peter Fussy/G1)
Interatividade é um ponto fraco (Foto: Divulgação)
A imagem “retrô” é reforçada ao entrar no veículo. O painel antiquado é forrado de botões e não faz questão de tela multimídia, muito menos de acionamento por toque dos dedos, como já é habitual em modelos nesta faixa de preço. Há duas telas pequenas, uma do tipo antigo para o rádio, e outra colorida com informações sobre a dinâmica do veículo acima do console central.
Espaço
Com 4,6 metros de comprimento e 1,79 metro de altura, o Forester oferece lugar de sobra para as pernas, inclusive no banco traseiro. A sensação de amplitude é ressaltada pela grande área envidraçada na frente e na lateral, que dá ampla visão de fora a todos os passageiros.
Subaru Forester XT (Foto: Peter Fussy/G1)
Câmbio CVT não atrapalha (Foto: Peter Fussy/G1)
O porta-malas tem acionamento eletrônico por meio do controle remoto, ou botão no painel, e comporta 505 litros, que podem ser expandidos para 1.541 litros com os bancos rebatidos. Não é o melhor do segmento, mas o suficiente para uma família.
Condução
Apesar do tamanho, é fácil viver com um Forester na cidade, e melhor ainda na estrada. A posição alta de dirigir, que caracteriza os SUVs, aliada ao motor turbo de 240 cv dá confiança a qualquer motorista e faz sorrir com o chiado do turbo em ação.
Subaru Forester XT (Foto: Peter Fussy/G1)
Câmera traseira é essencial (Foto: Peter Fussy/G1)
Em centros urbanos, é possível que o tamanho faça perder algumas vagas para estacionar na rua. Mas quando o motorista encontra um lugar, a manobra é simplificada por um bom raio de giro e pela câmera traseira – equipamento quase necessário, já que o vidro traseiro tem visão bastante reduzida.
Na estrada, o utilitário japonês fica livre para mostrar todo seu potencial e surpreende com estabilidade relativamente melhor que a maioria dos SUVs deste porte, que pode ser explicada pelo motor boxer aliado a um sistema de simétrico de tração nas 4 rodas.
SUV tem 3 modos de condução (Foto: Peter Fussy/G1)
Há 3 modos de condução (Foto: Peter Fussy/G1)
O que é boxer?
Atualmente, na maioria dos veículos, o motor é transversal ou em V, com os cilindros posicionados verticalmente. No boxer, eles são horizontais, e pode distribuir melhor o peso, caso colocado no centro como faz a Subaru. O movimento dos pistões também produz menos vibrações, e o resultado é uma condução suave e com baixo nível de ruído interno.
Câmbio
Nem mesmo o câmbio CVT atrapalha o desempenho do propulsor no Forester. As retomadas são rápidas, e nas acelerações a transmissão continuamente variável raramente deixa o motor “gritando”, como nos demais câmbios deste tipo.
Para quem gosta de controle, as borboletas no volante são fáceis de usar e simulam até 8 velocidades, em 3 modos de condução, desde o mais econômico (Intelligent) até o mais esportivo (Sport Sharp). O consumo, no entanto, deixa a desejar. Nos trechos urbanos, o computador de bordo não passou de 6 km/l com gasolina e na estrada chegou aos 8 km/l.
Subaru Forester XT (Foto: Peter Fussy/G1)
Desenho das rodas de 18 polegadas se destaca no XT (Foto: Peter Fussy/G1)
Conforto e segurança
No topo de linha, o utilitário vem com teto solar elétrico, ar-condicionado de duas zonas, partida por botão, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, câmera de ré, pedais em alumínio, bancos revestidos de couro, volante multifuncional e sistema de som com CD, Bluetooth, USB e entrada auxiliar.
Subaru Forester XT (Foto: Divulgação)
Subaru Forester XT (Foto: Divulgação)
Com airbags dianteiros, laterais e de cortina, o Forester recebeu as melhores notas em todos os quesitos dos testes de colisão feitos pelo instituto de segurança dos Estados Unidos (IIHS).
Um porém é o estepe menor que a roda normal. Não é um problema apenas do Forester, mas limita bem a mobilidade em caso de furo no pneu – como foi o caso no meio do teste. Depois de colocar o estepe, só é recomendado rodar até 80 km/h e buscar assistência.
Conclusão
O Subaru Forester XT Turbo pode não chamar a atenção pelo design e falha na interação multimídia, mas oferece um pacote de verdadeiro utilitário com esportividade, por um valor até razoável se levarmos em consideração que um Honda CR-V EXL 4x4, com 150 cv, não sai por menos que R$ 117 mil, e que um Toyota Rav4 2.5 4x4, com 179 cv, custa exatamente o mesmo (R$ 134.900). Por isso, ele é comparável a modelos mais bem equipados, e não faz feio.

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